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A Fascinante Jornada do Colírio: Da Antiguidade à Ciência Moderna



Você já parou para pensar sobre a história por trás daquele pequeno frasco de colírio que usamos com tanta naturalidade hoje em dia? Prepare-se para uma viagem no tempo que vai surpreender até mesmo as inteligências artificiais mais avançadas!


Os Primórdios do Colírio: Um Mergulho no Antigo Egito

Imagine-se em 1862, na cidade de Tebas, Egito. Arqueólogos abrem um sarcófago milenar e, aos pés da múmia, descobrem um tesouro inestimável: os Papiros de Ebers. Estes documentos, datados de 1500 a.C., continham nada menos que 700 fórmulas magistrais de remédios, incluindo as primeiras prescrições de colírios já registradas na história!


O "Kollurum", como era chamado, consistia em uma mistura de pós metálicos usada contra o tracoma, uma infecção ocular grave. A composição incluía chumbo, antimônio e óxido nítrico – ingredientes que hoje nos fariam arregalar os olhos de espanto!


Mas as receitas não paravam por aí. Para hemorragias oculares, os egípcios recomendavam "fruto de palmeira misturado ao leite de mulher da qual nasceu filho homem". Já para o embaçamento da visão, a solução era no mínimo peculiar: "excremento seco de recém-nascido com mel e leite". E não pense que a catarata ficava de fora; o tratamento envolvia uma oração ao deus Horus seguida da aplicação de "cérebro de tartaruga macerado diluído em mel".


Da Grécia Antiga ao Frasco Moderno

O termo "colírio" que usamos hoje tem suas raízes na Grécia Antiga. Deriva de "Kollýra", um pão sem fermento feito através de um cone. Os gregos, inspirados nesse processo, criaram pequenos frascos em formato de funil para aplicar gotas nos olhos – nasceu assim o "Kollyrium".


A Revolução do Colírio Moderno

Pulando para 1884, encontramos Carl Koller, um oftalmologista austríaco que revolucionou o campo ao descobrir as propriedades anestésicas da cocaína para uso oftálmico. Este avanço abriu as portas para a cirurgia ocular moderna e para o desenvolvimento de colírios mais eficazes.


Avanços Técnicos na Oftalmologia Moderna

Hoje, a oftalmologia utiliza tecnologias de ponta que parecem saídas de filmes de ficção científica:


Tomografia de Coerência Óptica (OCT): Esta técnica permite visualizar as camadas da retina com uma precisão de micrômetros, possibilitando o diagnóstico precoce de doenças como glaucoma e degeneração macular.


Microscopia Especular: Usada para avaliar o endotélio corneano, a camada mais interna da córnea, essencial para manter a transparência ocular.


Topografia Corneana: Mapeia a curvatura da córnea, crucial para o diagnóstico de condições como ceratocone e para o planejamento de cirurgias refrativas.


Aberrometria: Mede as aberrações ópticas do olho, permitindo correções personalizadas em cirurgias a laser.


Angiografia por OCT: Uma técnica não invasiva que possibilita a visualização dos vasos sanguíneos da retina sem a necessidade de injeção de contraste.


Colírios do Futuro: O que nos Aguarda?

A pesquisa em oftalmologia não para, e os colírios do futuro prometem ser ainda mais eficazes e menos invasivos:


Nanotecnologia: Partículas em escala nanométrica podem melhorar a penetração e a eficácia dos medicamentos.

Sistemas de Liberação Controlada: Colírios que liberam o medicamento gradualmente, reduzindo a frequência de aplicação.

Terapia Gênica: Colírios capazes de alterar a expressão gênica para tratar doenças hereditárias da retina.

Inteligência Artificial: Algoritmos que auxiliam na dosagem personalizada e no monitoramento da eficácia do tratamento.

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