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Os riscos da cloroquina

O uso indevido e sem prescrição médica pode causar efeitos colaterais oculares graves



Duas pessoas foram internadas por intoxicação com cloroquina em Lagos, capital econômica da Nigéria, na última sexta-feira (20/03/2020). O uso de cloroquina para o tratamento contra a covid-19 foi comprovadamente ineficaz nos principais estudos científicos e alguns pontos devem ser levados em consideração, como demonstra a nota emitida pela ANVISA:

- esses medicamentos são registrados pela Agência para o tratamento da artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária; 

- Não há recomendação da Anvisa para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus; e

- A automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.


Efeitos colaterais oculares

Em relação aos olhos, o uso indiscriminado de derivados de 4-aminoquinolona pode causar danos como:

  • Poliose

  • Catarata sub-capsular anterior e posterior

  • Diminuição da acomodação

  • Paralisia dos mm. Extraoculares

  • Neuropatia óptica

  • Maculopatia em olho de boi ("Bulls eye")


Mecanismo de ação

O mecanismo de intoxicação ocorre devido a alta afinidade pelas estruturas pigmentadas do olho, pois se ligam aos grânulos de melanina presentes na coróide, no corpo ciliar e no EPR (Epitélio Pigmentar da Retina) com consequente acúmulo que chegam a ser até 80 vezes superior ao restante do olho


Qual a dose segura?

A dose para causar retinopatia por cloroquina: 10% em pacientes de uso prolongado e por hidroxicloroquina: 3-4% em pacientes de uso prolongado

Dose cumulativa tóxica: 300g para cloroquina e 400g de hidroxicloroquina

Risco baixo de intoxicação ocular: - Doses menores que 6,5 mg/kg/dia de hidroxicloroquina

- Doses menores que 3 mg/kg/dia de cloroquina


Revisado em outubro de 2021 por: Dr Flavio Augusto Schiave Germano (CRM/SP192.136)


Converse com seu médico para mais informações! #ceobauru #oftalmologia #cloroquina

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