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SARS-Cov-2

Entenda a diferença entre Covid-19; SARS-Cov-2; gotícula; aerossol e a relação entre o coronavírus e conjuntivite



Agente etiológico do coronavírus

São vírus RNA da ordem dos Nidovirales da família Coronaviridae. A subfamília é composta por quatro gêneros Alfacoronavírus, Betacoronavírus, Gammacoronavírus e Deltacoronavírus. Sendo que os Alfacoronavírus e Betacoronavírus somente infectam mamíferos, no entanto os Gammacoronavírus e Deltacoronavírus infectam aves e podem infectar mamíferos.

Os vírus da SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-Cov2 são Betacoronavírus e altamente patogênicos e responsáveis por causar síndrome respiratória e gastrointestinal. Além desses três, há outros quatro tipos de coronavírus que podem induzir doença no trato respiratório superior em imunodeprimido, bem como afetar crianças, jovens e idosos. Todos os coronavírus que afetam humanos tem origem animal.


Histórico do coronavírus

O coronavírus foi isolado pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa conforme proposto por Tyrrell como um novo gênero de vírus.














Case courtesy of Dr Daniel J Bell, <ahref="https://radiopaedia.org/">Radiopaedia.org</a>. From the case <a href="https://radiopaedia.org/cases/74711">rID: 74711</a>



Histórico do COVID-19

Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus animais podem infectar pessoas e depois se espalhar entre pessoas como MERS-CoV e SARS-CoV. No início, muitos dos pacientes com surtos de doenças respiratórias causados por SARS-Cov-2 em Wuhan, na China, tinham alguma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais vivos, sugerindo a disseminação de animais para pessoas. No entanto, um número crescente de pacientes, supostamente não teve exposição ao mercado de animais, indicando a ocorrência de disseminação de pessoa para pessoa.


SARS-Cov-2

É o nome oficial do vírus que atinge o mundo em 2020. Foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para facilitar a identificação em estudos científicos e também a divulgação na imprensa, além de evitar confusões com outros vírus da mesma família.

O SARS-Cov-1 (ou apenas SARS) é o nome dado ao “irmão” do SARS-Cov-2, que causou uma epidemia na China em 2002. Em inglês, SARS-Cov-2 significa: “Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2", em tradução livre: Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2".


Covid-19

É o nome oficial da doença causada pelo novo coronavírus, também escolhido pela OMS. Ou seja: quem está com os sintomas principais como tosse, febre, dificuldade para respirar, pode estar com a Covid-19, doença causada pelo SARS-Cov-2.


Transmissão


Aerossóis

Os aerossóis são partículas menores do que as gotículas (partículas < 5 micrômetros), capazes de permanecer em suspensão no ar por períodos prolongados e atingir grandes distâncias. Dessa forma, necessitam de medidas de proteção diferenciadas. Exemplos de doenças com transmissão por aerossol são:

  • tuberculose,

  • sarampo

  • varicela.

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.


Gotículas

Atualmente, a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde recomendam que casos suspeitos e confirmados de infecção pelo 2019-nCoV sejam colocados em precaução por gotículas, considerada a principal partícula de transmissão do novo coronavírus, geralmente quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Embora não alcance grandes distâncias, o vírus pode ser transmitido por várias horas em fômites, plásticos e outros materiais contaminados. Outros exemplos de doenças que exigem precaução de gotículas incluem:

  • meningite meningocócica (nas primeiras 24h de antibioticoterapia),

  • caxumba

  • rubéola.

O elemento diferencial da precaução por gotículas é o uso de máscara cirúrgica pelo profissional de saúde que presta assistência ao paciente. Em caso de risco de contato com respingos e secreções, deve-se usar também óculos de proteção ou protetor de face, capote – impermeável se houver risco de contato com secreções em grande quantidade – e luvas de procedimento.


Conjuntivite

Vários estudos mostram a prevalência de conjuntivite folicular inespecífica em 3% dos casos de infecção pelo SARS-Cov-2 (1 a cada 30 pessoas positivaram o vírus SARS-CoV -2 em suas secreções oculares de acordo com Journal Medical Virology). Embora não faça parte dos critérios diagnósticos para o Covid-19, é possível espalhar o vírus tocando na secreção dos olhos e passando em objetos ou em pessoas. Portanto, em caso de irritação e secreção ocular, é necessário redobrar não só a higienização mas também a atenção para sintomas respiratórios, como tosse, falta de ar e febre.


Infecção do coronavírus pelos olhos

É possível que a pessoa seja contaminada pelo SARS-Cov-2 através dos olhos, como mostra a figura da anatomia em baixo. Como há comunicação entre o canal lacrimal e o meato inferior nasal, é possível que as partículas virais percorram este caminho até chegar no trato respiratório baixo. 





Para mais informações, acesse: https://coronavirus.saude.gov.br


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