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Transplante de córnea

O que você precisa saber


O primeiro transplante de córnea bem-sucedido foi realizado em 1905 pelo oftalmologista Eduard Zirm, na República Tcheca. Desde então, a técnica evoluiu, permitindo a restauração da visão em pacientes com córneas danificadas por doenças, lesões ou distorções. O desenvolvimento de medicamentos imunossupressores aprimorou as taxas de sucesso. Hoje, os transplantes de córnea são procedimentos comuns em todo o mundo, restaurando a visão em milhares de pessoas anualmente. A doação de córneas aptas para o transplante desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que a córnea do doador seja transplantada para aqueles que precisam, salvando a visão e melhorando a qualidade de vida.


Existem quatro causas para o médico oftalmologista indicar o transplante de córnea:

  1. Finalidade Óptica: representa a grande maioria das indicações = destinada para reabilitação visual

  2. Finalidade tectônica = para restaurar a estrutura da córnea em casos de perfuração

  3. Finalidade terapêutica = em casos de infecções de córnea graves que não é possível controlar com colírios

  4. Finalidade estética = recuperar a aparência física da córnea, apesar da ausência de visão


E os transplantes lamelares?

O transplante de córnea lamelar é uma técnica cirúrgica na qual apenas uma camada específica da córnea é substituída por tecido de um doador. Isso contrasta com o transplante penetrante (total) da córnea, no qual a córnea inteira é substituída. Existem vários tipos de transplantes de córnea lamelar, mas dois tipos são utilizados em maior escala:

  1. Queratoplastia Lamelar Anterior Profunda (DALK - Deep Anterior Lamellar Keratoplasty): Nesse procedimento, a camada mais externa da córnea é substituída, preservando a descemet e o endotélio (a camada mais interna da córnea). É frequentemente usado para tratar condições como ceratocone, distrofias da córnea ou cicatrizes na camada anterior da córnea.

  2. Queratoplastia Endotelial Lamelar (DSEK - Descemet's Stripping Endothelial Keratoplasty) e DMEK (Descemet's Membrane Endothelial Keratoplasty): Esses procedimentos se concentram na substituição das camadas posteriores da córnea, incluindo o endotélio. Eles são usados principalmente para tratar doenças que afetam o endotélio da córnea, como a distrofia de Fuchs e ceratopatia bolhosa.

O transplante de córnea lamelar oferece vantagens em relação ao transplante penetrante (total) da córnea, incluindo uma recuperação mais rápida e menor risco de rejeição, porque menos tecido do doador é transplantado. Além disso, ele preserva a integridade da parte não afetada da córnea.

A escolha entre o transplante de córnea completo e lamelar depende da condição ocular específica do paciente e da extensão do dano à córnea. O oftalmologista irá determinar a abordagem mais apropriada com base nas necessidades individuais do paciente.

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